quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Inflamação

       Inflamação ou flogose, é uma reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. A reação inflamatória representa um dos componentes mais importantes da execução  das respostas imunitárias inata e adaptativa. Alguns tipos de inflamação:
  • Inflamação crônica: é aquela na qual , devido a persistência do agente inflamatório, exposição prolongada a agentes tóxicos ou aparecimentos de fenômenos auto-imunitários,o processo se mantém por maior tempo. Considera-se crõnica a inflamaçãoque dura mais de seis mêses. Nela,os sinais típicos de inflamação podem não ser aparentes. Ao microscópio, a inflamação crônica caracteriza-se por áreas de atividade inflamatória, com exsudato celular de macrófagos e linfócitos e fenômenos alterativos ao ladode áreas de regeneração ou reparação.
  • Inflamação aguda:  nestas inflamações,os sinais comumente presentes são: eritema, edema e dor. Nelas especialmente nas de curta duração, em geral predominam neutrófilos e macrófagos no exsudato. As modificações dos leucócitos exsudatos são mais discretas.


  • Inflamação Aguda 



Pigmentação

     É o processo de formação ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos no organismo.Pigmentação patológica pode representar o resultado de alterações bioquímicas e o acúmulo ou redução de certos pigmentos é um dos aspectos mais marcantes em certas doenças.Grande número de pigmentos origina-se de substâncias sintetizadas pelo próprio organismo: são os pigmentos endógenos, que resultam de hiperprodução e acúmulo de pigmentos sintetizados no próprio organismo.Como por exemplo:
  • pigmentos biliares - tem como principal pigmento a bilirrubina, que recentemente tem-se demonstrado que , em concentrações normais ou discretamente elevadas , a Bb não-conjugada possui ação antioxidante , ou seja, a capacidade de se combinar com radicais livres formados durante o metabolismo celular oxidativo.Além disso, a Bb tem ação moduladora sobre o sistema imunitário, inibindo a proliferação de linfócitos induzida pela fito-hemaglutinina, a produção de IL2 e a citotoxicidade mediada por células dependente ou independente de anticorpos.
                                                          PIGMENTAÇÃO EXÓGENA:

               São aquelas que penetram no organismo junto com o ar inspirado e com os alimentos ingeridos , ou são introduzidos por via parenteral, como ocorre com as injeções e tatuagens. As partículas depositam-se, em geral, nos pontos do primeiro contato com as mucosas ou a pele; aí podem ficar retidas ou ser eliminadas ou transportadas para outros locais pela circulação linfática ou sanguínea, ou pelos macrófagos.
               Dos pigmentos inalados o mais frequente é o carvão. Sua deposição causa a antracose , encontrada nos fumantes e em praticamente todo o indivíduo adulto ou  idoso morador nas grandes ou médias cidades onde exista certo grau de poluição ambiental.
               A argíria é a deposição de sais de prata nos tecidos, usualmente sob a forma de sulfetode prata. Quando se deposita nos olhos, é conhecida como argirose. Diversos fatores influenciam a capacidade dos sais de prata de produzir efeitos tóxicos no organismo, como a solubilidade do metal, a capacidade de se ligar aos diferentes tecidos e grau com que os complexos de proteína-metal formados são sequestrados ou metabolizados e excretados.   

Calcificação

    O corpo humano possui entre 1 e 2 kg de cálcio, dos quais 99% estão localizados no esqueleto e dentes, na forma de fosfato de cálcio ou hidroxiapatita. A cada dia, cerca de 500mg de cálcio são mobilizados dos ossos pela osteólise osteocítica e redepositados no novo tecido osteóide oposto. A quantidade de cálcio necessária  na dieta muda ao longo do tempo. Quando sais de cálcio são depositados em tecidos frouxos não-osteóides, enrijecendo-os, dá-se o nome de calcificação ou mineralização patológica.
     A deposição patológica de sais de cálcio nos tecidos ocorre sob duas formas:
  • Calcificação distrófica, que afeta tecidos lesados e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo;
  • Calcificação metastática, na qual a precipitação dos sais em tecidos normais resulta de um estado de hipercalcimia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Eliminação de proteínas e organelas envelhecidas ou alteradas

    Normalmente, as células fazem reciclagem ou renovação de seus componentes por processos que permitem a degradação controlada de proteínas e de organelas envelhecidas. Nesse sentido, há dois mecanismos principais: degradação protéica nos proteassomos e autofagia. Ambos são importantes, por exemplo, durante o desenvolvimento embrionárioe a diferenciação dos tecidos. Em células diferenciadas, os dois processos são operados de modo muito regulado.
   Os proteassomos são agregados macromoleculares em forma de barril que contêm proteases capazes de agir sobre várias proteínas. A proteólisenos proteassomos requer ubiquitinização , a qual depende de enzimas chamadas ubiquitina ligases, que ligam várias moléculas de ubiquitina a proteína a ser degradada, facilitando a entrada desta nos proteassomos.
 Já a autofagia,significa alimentar-se de si mesmo, é um processo ativo no qual a célula envolve partes de suas estruturas lesadas ou envelhecidas ou agregados de proteínas alteradas  e forma um vacúolo autofágico ,que se funde a lisossomos para a digestão das estruturas sequestradas.